Medicina Antroposófica

Uma recente pesquisa britânica revelou que na Europa em torno de 70% dos pacientes associam medicamentos naturais junto com o tratamento alopático, porque pensam que são mais eficazes.

Apesar do grande avanço da medicina atual tecnicista, a qual trata “sintomas” (medicina baseada em evidências), há um desconhecimento do que ocorrem no corpo, alma e espírito do ser humano. Um grande número de pacientes deseja uma abordagem integral orientada para o indivíduo, pois se busca um tratamento “causal” (medicina baseada em conhecimento). Por isso a Organização Mundial da Saúde (OMS) proclamou em 2013, a nível mundial a estratégia de integração dos métodos tradicionais na
medicina (WHO traditional medicine strategy: 2014-2023). Nela se exige a inclusão dos métodos tradicionais não convencionais, a fim de gerar uma medicina do futuro integrativa e centrada no indivíduo.

Nesse sentido a Medicina Antroposófica é praticada em 80 países, nos cinco continentes. Na Europa é conhecida desde 1920, como integrative medizin (medicina integrativa), atendendo em grandes hospitais e serviços públicos, junto com a “medicina acadêmica”. É reconhecida na Alemanha, Suíça, Inglaterra etc. O Seguro de Saúde estatal alemão (Versicherung) reembolsa todos os custos. As Faculdades de Medicina suíças de Basel e Bern reconhecem, nos cursos de graduação em medicina, estágios realizados em hospitais antroposóficos. Na Faculdade de Medicina Antroposófica de Witten-Herdecke (Alemanha), seu hospital universitário conta com 494 leitos. Com base no número de receitas, estima-se que existem mais de 30.000 médicos antroposóficos espalhados pelo mundo.

No Brasil é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como “prática médica” (Parecer 21/93), sendo praticada em consultórios, clínicas e no SUS (desde 1994, em BH). O Ministério da Saúde aprovou a Portaria MS 1600: considera como “observatório” a aplicação da Medicina Antroposófica no SUS. O Conselho Nacional de Saúde (CNS): integra a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS. A ANVISA reconhece, através da Resolução RDC 26/07, o “remédio antroposófico”. O Conselho Federal de Farmácia (CFF) aprovou a Resolução 465/07 que reconhece a Farmácia Antroposófica. O Conselho Federal de Odontologia (CFO) aprovou a Resolução 165 que reconhece o Dentista Antroposposófico. O Conselho Federal de Fisioterapia (COFITO) aprovou a Resolução 380, que reconhece o especialista em fisioterapia antroposófica. No Brasil conta com mais de 400 médicos antroposóficos.

Dr. Antonio Marques

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