Osteomielite

TRÊS CASOS BEM SUCEDIDOS COM REMÉDIOS ANTROPOSÓFICOS

Este é o relato de três casos bem sucedidos de tratamento de Osteomielite tratados nesta Clínica com os recursos médicos antroposóficos. O autor partiu da fisiopatologia da Osteomielite para padronizar a receita. Todos os pacientes receberam a mesma medicação básica. Objetivou-se com isso: abarcar a patologia como um todo, testar a “conduta dedutiva” na prática (congruência da teoria na prática) e estabelecer um padrão estatístico ao tratamento preconizado. Os resultados são promissores: recuperação da estrutura óssea e libertação dos pacientes a repetirem intermináveis cirurgias, para “raspagem óssea”. Ou seja, “cura” para estes pacientes tratados com a medicina antroposófica.

Fisiopatologia

“A Osteomielite é uma infecção do osso, em geral causada por bactérias patogênicas. Os microorganismos penetram o osso por via hematogênica, pela introdução direta a partir de um foco contíguo de infecção ou através de um traumatismo penetrante. O traumatismo, a isquemia e os corpos estranhos aumentam a suscetibilidade do osso à invasão microbiana. Os fagócitos tentam conter as infecções e, neste processo, liberam enzimas que provocam a lise do osso. O pus se espalha para os canais vasculares, elevando a pressão intra-óssea e prejudicando o fluxo de sangue; à medida que a infecção não tratada torna-se crônica, a necrose isquêmica do osso resulta na separação de grandes fragmentos não vascularizados (seqüestros). Quando o pus rompe através do córtex, formam-se abcessos sub-periósticos e de partes moles, e o periósteo elevado deposita osso neo-formado (o invólucro) em torno da região de seqüestro. As bactérias evadem as defesas do hospedeiro, aderindo firmemente ao osso lesado, revestindo-se às superfícies subjacentes, com uma biopelícula proterora. Microorganismos, infiltrados neutrofílicos, vasos sangüíneos congestos e trombosados são os principais achados histológicos na osteomielite aguda. O aspecto peculiar da osteomielite crônica é o osso necrótico, que é reconhecido pela ausência de osteócitos vivos. Nas infecções crônicas, predominam células mononucleares, tecidos de granulação e fibroso substituem o osso reabsorvido pelos osteoclastos.”1

1º caso – J.L.S.G., sexo masculino, funcionário público, casado, nascido em 2.11.56, atualmente reside em Belo Horizonte. Acidente de moto em 11.10.84, aos 28 anos. Fraturas expostas da tíbia e da fíbula, da perna direita. Submeteu-se à 15 cirurgias, sendo que a última apresentou rejeição à haste de platina. Procurou esta Clínica em 18.12.87 (três anos depois) – Peso 66.200, PA 110×70, complexão atlética. Uso da medicação supra citada, por 6 meses. Na consulta de retorno, não se queixou mais da perna. Alta clínica (na segunda consulta). Última avaliação em 31.7.03, para problema de bronquite. Não relata mais sobre a perna. Cura definitiva.

2º caso – B.A.S., sexo masculino, agricultor, separado, nascido em 1.7.42, residente em Carandaí (MG). Acidente da carro em 1960, aos 18 anos. Fraturas no joelho e fêmur direitos e tíbia distal esquerda. Submeteu-se à 19 cirurgias, sendo que na última apresentou “parada respiratória”. Em decorrência das cirurgias, apresenta encurtamento da perna direita. Dores na coluna e nessa perna (com supuração permanente – drenagem espontânea de pus). Procurou esta Clínica em 23.1.98 (38 anos depois) – Peso 67.400 Kg, PA 160×80, complexão pícnica. No primeiro retorno, após 6 meses, não havia melhorado. Foi preciso repetir a receita acima por mais 6 meses. Segundo retorno, após 1 ano de tratamento: bem melhor, com pequena “drenagem líquida” na perna direita. Recebeu alta clínica. Última visita à Clínica em 2.9.03. A perna direita (motivo de tratamento anterior) sem nenhuma queixa de dor. Apenas apresenta uma drenagem pequena, que merece colocar um curativo com gaze. O motivo agora é a perna esquerda (tíbia), que começou a doer e apresenta uma retração tecidual, devido à cirurgia reparadora no passado. Retomou a medicação acima, só que agora na perna esquerda. Os injetáveis estão sendo aplicados acima do joelho esquerdo, local mais próximo à lesão tibial distal. Deve retornar daqui há 6 meses para avaliação da outra perna.

3º Caso – H.T.S., sexo masculino, lavrador, casado, nascido em 16.1.69, residente em Cabeça Danta, município de Teófilo Otoni (MG). Em outubro de 2002, apresentou um abcesso (furúnculo) no braço direito, febre de 39o C, dores no joelho e perna esquerdas. Ex. 8.11.02: Leucometria 12.100, VHS 80/102 e PCR +/48 (normal até 6). RX 15.11.02 – lesão femural, com seqüestro ósseo. Cintilografia óssea 16.11.02 – processo inflamatório ósseo. Procurou esta Clínica em 3.12.02 (2 meses depois). Prescrita a medicação acima, por 9 meses. Retorno à consulta em 2.9.03 – “o vazamento parou e amenizou a dor”. Continua com a bengala e faz uso de aparelho ortopédico na perna esquerda. O RX 25.6.03 apresentava o fêmur poroso e com as lesões ósseas. RX 20.8.03 as alterações deformativas permanecem, mas há consolidação óssea. O osso está mais compacto. Continua com a indicação terapêutica de reforço por mais 6 meses.

Comentários e conclusão

Estes três casos clínicos de Osteomielite ilustram bem como se pode tratar com eficácia esta patologia, com os remédios antroposóficos.2 Dever-se-ia ter como meta, um tratamento paralelo, em conjunto com os recursos alopáticos e cirúrgicos. Talvez possa até abreviar a recuperação, diminuir os custos hospitalares e de convênios, pela rápida resposta à conduta antroposófica preconizada.

Bibliografia

(1) HARRISON, Medicina Interna. 13 ed. México : Interamericana. 1995. p.584.

(2) MARQUES, A.J. Prática Médica Antroposófica, medicina baseada em conhecimento. São Paulo : Ad Verbum / Antroposófica. 2013. p.309.

Dr. Antonio Marques

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