Os três níveis do câncer

Como o corpo cresce? A explicação mais moderna fala no crescimento celular ser mediado por dois fatores contrários: um fator estimula o crescimento celular, através da substância “monofosfato cíclico de guanosina” e o outro inibe o crescimento, através da substância “monofosfato cíclico de adenosina”. O equilíbrio entre ambos os fatores é motivo de crescimento saudável. Mas quando o “fator de crescimento” prepondera, leva à formação tumoral cancerosa.

Sabe-se, por exemplo, que a célula, ao se multiplicar e se especializar numa célula glandular ou nervosa, perde a sua capacidade de reprodução. No entanto, ao se retirar essa célula do organismo vivo e colocá-la num meio de cultura apropriado, ela volta ao estado primitivo “embrionário”. Isso significa que ela se torna apta novamente para a multiplicação; só que agora desorganizada. Assim é que se mantêm tecidos cancerosos para a pesquisa, porque, fora do organismo, a célula tem a tendência a se multiplicar indefinidamente. Ex.1o) É o caso do carcinoma de Ehrlich (adenocarcinoma do rato) que, em 12 anos de pesquisas, propiciou realizar 8.000 reimplantes. Ex.2o) Nos experimentos de Driesch, Spemann, Hadorn e outros, um ovo fecundado de salamandra ou estágio posterior (na gastrulação) é cortado medianamente. No final, não se obtêm duas metades de salamandras, mas dois embriões.

A pesquisa mostra que, no começo de um tumor, a célula e a proteína formadas são normais, mas, devido ao fator de crescimento, a multiplicação torna-se desorganizada. Até certo ponto, esse primeiro tumor é benigno e reversível, mas quando esse fator continua a sua atuação, começa a promover “vasos sanguíneos intra-tumorais”. Aí já começa a malignização (quando esse grupo de células ganha vida própria, independente do corpo). Portanto não é a célula a responsável primária pela tumoração, mas o “fator de crescimento”, o qual incide erroneamente no corpo. Ele está atuante normalmente no embrião e na criança, cuja finalidade é a de promover o crescimento corporal. No entanto pára de atuar ou diminui enormemente a sua função no adulto. Por isso a pesquisa clínica da pré-cancerose passa pela dosagem desses “fatores de crescimento”. Até os nomes são sugestivos: alfa-feto proteína (AFP) antígeno cárcino-embriogênico (CEA), etc.

A pergunta importante que se faz agora é: quem comanda esses fatores de multiplicação celular? Será que eles nascem apenas da influência genética? Quando é que o organismo sabe que precisa crescer e quando sabe que precisa parar de crescer? Por que se gera um tumor num tecido já formado?

Após estas questões levantadas, deve existir “algo” detrás da manifestação física. “Algo” de fora da célula, que “forma” o organismo, está vigilante em manter uma “ordem” dentro da arquitetura orgânica. A célula de per si só deseja multiplicar-se indefinidamente, mas, dentro do organismo, ela obedece a certas leis, que não são ditadas somente pelo código genético intracelular (DNA). (Ex.2o acima). Inclusive sabe-se que a célula não se divide quando desempenha uma função específica, como uma célula glandular ou nervosa. Ela não pode desenvolver vida própria. Somente quando ela é retirada do corpo (Ex.1o acima) sofre uma desdiferenciação e proliferação desorganizada (ou seja, ela se transforma num câncer).

Rudolf Steiner apontou, em 1920, para a relação entre o organismo e a célula: “O que é a célula? A célula é em realidade aquilo que teimosamente se afirma com um crescimento próprio, com vida própria, que vai de encontro àquilo que o homem é! E se, por um lado, os senhores vêem o homem com sua forma inteira (…) e em seguida atentam para a célula, verão que a célula é aquilo (…) que de fato destrói estes efeitos externos porque quer desenvolver sua própria vida. Em nosso organismo, estamos em realidade constantemente lutando contra a vida da célula. E a mais absurda das teorias surgiu justamente através da terapêutica celular e da patologia celular que se baseiam em células e consideram o organismo humano um edifício de células, enquanto o homem é um todo relacionado com o cosmo e em realidade deve estar constantemente em luta contra a obstinação das células. A célula, é no fundo, aquilo que constantemente incomoda o nosso organismo em vez de edificá-lo.”

Que lei é essa que mantém uma ordem das células dentro da arquitetura corporal? Por que a célula se reproduz e interrompe o seu crescimento? Será somente a genética, o DNA, a química? Se se for conseqüente e levar a pesquisa além dos limites impostos pelos “dogmas científicos atuais”, chegar-se-á a observar que, além do corpo físico, possui-se uma “vitalidade”. Esta é que sustenta a característica puramente somática, pois o corpo físico apenas com seu esqueleto de células é um “cadáver” e se desfaz na ausência da “vitalidade”. Não obstante mantém-se tenazmente firme, apesar das doenças e vários traumas. Também observa-se que, quanto menor a evolução de um ser, maior a sua capacidade regenerativa. Ex: os animais inferiores, como as lagartixas, conseguem regenerar parte do seu corpo. Denomina-se a isso de corpo vital (ou corpo etérico). Além disso, observa-se que o ser humano possui instintos, desejos, crença, religiosidade, sente ódio, amor, etc. Isso evidencia uma psykhé (ou alma). Por fim, além disso, possui algo totalmente individual, que é o seu Eu (Self ou espírito), a “consciência da sua consciência”. Portanto o homem possui:

Corpos suprassensíveis

  • Corpo físico
  • Corpo etérico
  • Alma
  • Espírito

Vamos seguir os passos evolutivos de uma criança, no sentido de compreendermos como se manifestam esses membros supra-sensíveis. Até os 6 a 7 anos o corpo está sendo modelado. Pode-se apreender assim, “dedutivamente”, que atrás da manifestação física está atuando o corpo etérico. Essa fase termina com a formação dos dentes. Por isso é que, após a troca dos dentes, a criança está pronta para o pensar lógico (começa a escolaridade). Portanto o que atuou corporalmente metamorfoseia-se na capacidade pensamental. Por volta dos 13 a 14 anos, começa uma nova fase no jovem: a puberdade ou o desenvolvimento sexual. Pode-se dizer que a alma desabrocha para o mundo. A partir dos 21 anos é que o jovem já tem uma “consciência de si”, período no qual se diz que nasce o seu Eu.

A fase correspondente dos 20 aos 40 anos, a do “amadurecimento” (social, profissional, conjugal, etc.) tem a ver com o desenvolvimento da alma. Para isso é preciso uma troca permanente com o meio externo social. Ou seja, fica-se alegre em um ambiente alegre ou fica-se triste numa situação triste. Mas, se por algum motivo essa alma não “vibra” ou não mantém um contato frutífero com o mundo, uma troca saudável (ou por ser ela depressiva), essa alma se introjeta, fecha-se em si mesma. Caso esse “sofrimento” se aprofunde, a conseqüência é o abandono do corpo. – É preciso fazer um pequeno esclarecimento. Esse processo de a alma abandonar o corpo só acontece normalmente no sistema nervoso (e torna-se patológico se isso ocorrer no metabolismo). Vamos recorrer à embriologia para entender melhor. O corpo físico é modelado “de fora” para dentro (o que mostra “algo” supra-genético, como se demonstrou no exemplo 2 acima). Isso é tão verdadeiro que se pode observar nas formações dos órgãos dos sentidos (cérebro, olho, ouvido, etc) que eles são formados como se fossem escavados de “fora para dentro”. Somente depois de estarem prontos, os elementos supra-sensíveis se afastam um pouco, no sentido de atuarem de “fora”. Nesse caso os órgãos dos sentidos funcionam como se fossem um “espelho” ou um aparelho “transmissor/receptor” dos impulsos superiores do ser. No metabolismo, ao contrário, os elementos supra-sensíveis devem permanecer mergulhados, na vida adulta, dentro dos órgãos metabólicos.

O que ocorre então? Na depressão profunda a alma abandona justamente a esfera metabólica, na qual deveria estar mergulhada. Acontece o mesmo processo do que ocorre no sistema nervoso, citado acima. Por isso se diz que o câncer representa um sistema nervoso errático. E o que faz o sistema nervoso? Elabora, “prolifera pensamentos”. Mas o sistema metabólico lida com substância química, dentro dos “limites” impostos pela fisiologia digestiva. Caso o metabolismo fique “abandonado” (sem as atuações da alma e do espírito), irá configurar, “proliferar materialidade”, só de uma forma anômala, patológica. Como se está vendo, é o mesmo processo do sistema nervoso, só que a nível físico, terrestre. Como se processa então o câncer, a nível celular? O corpo etérico (subalterno à alma), que já tinha terminado o seu serviço corporal (de multiplicação celular na fase embrional), como se disse, sofre involução e regressão para dentro do corpo e, através do seu substrato orgânico (os fatores de crescimento celular), recomeça a multiplicação celular (só que de uma forma bizarra, maligna). Formam-se assim “ilhas de substâncias estranhas” (proliferação da materialidade), dentro da arquitetura corporal. Assim nasce o câncer! Por isso a incidência cancerosa é muito grande no metabolismo (± 70 a 80% dos casos) e, relativamente, quase nula no sistema nervoso (a não ser nas células da glia, de sustentação do cérebro, aliás de origem metabólica).

Portanto a célula está subordinada à atuação dos “corpos supra-sensíveis”, que verdadeiramente orientam a formação e a arquitetura corporais. DNAs, gens, cromossomas, fatores de crescimento, etc, são apenas instrumentos de realização da finalidade de um esboço supra-sensível. Tanto é que, nas experiências citadas, apesar de a genética apontar para a realidade corporal, uma “força” mais forte reorienta novamente a matéria conforme um plano pré-estabelecido dos “corpos supra-sensíveis”.

Para o diagnóstico desta doença, além da avaliação clínica, são necessários três procedimentos: Para a 1ª fase da doença, quando a alteração ainda é a nível “supra-sensível”, utilizam-se dois tipos de testes: o Diagnóstico Psicossomático através da Pintura Terapêutica, no sentido de “visualizar a alma dentro da corporeidade” e o Teste da Dinamólise sangüínea, no sentido de “visualizar a vitalidade, o etérico, dentro da corporeidade”. Para a 2ª fase da doenca, quando se chega ao nível da “substância química”, utilizam-se os Marcadores tumorais e os Fatores de crescimento. Na 3ª fase, quando a doença se manifesta na esfera celular, utilizam-se a Biópsia e/ou o Anátomo-patológico. Muitas vezes é necessário utilizar dois ou mais testes, ao mesmo tempo, para esclarecer em qual fase a doença se encontra e preconizar um tratamento condizente.

Para o tratamento são necessárias três condutas: Para as duas primeiras fases, quando a doença ainda não se manifestou fisicamente, além das orientações psico-pedagógicas-espirituais, da mudança de postura frente à vida, etc, deve-se buscar um medicamento que abarque toda a problemática abordada aqui. A resposta está na quimioterapia pelo Viscum album, uma “planta parasita” originária da Europa e da Ásia, a qual, já se sabe pelas exaustivas pesquisas científicas (presença de lektinas, viscotoxinas, vitaminas, etc), possui dupla função: Anti-neoplásica específica e Imuno-estimulante. É o único produto no mundo, atualmente, que apresenta essas duas qualidades. Por isso ele serve também como estimulante imunológico em outras patologias. Para a 3ª fase da doença exigem-se as condutas clássicas (cirurgia, quimioterapia e radioterapia). O Viscum deve ser sempre associado em qualquer uma das três fases dessa patologia, pois estimula a revitalização corporal-anímica-etérica, serve de sustentação àqueles casos irreversíveis, aumenta a sobrevida e melhora a qualidade de vida dos pacientes que carregam essa patologia como destino.

Esta é uma das faces desta doença. Peça a seu médico maiores esclarecimentos.

Dr. Antonio Marques

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